[vc_row][vc_column][vc_column_text]Os espumantes são um tipo de vinho que contém gás carbônico dissolvido. Por isso quando servidos eles nos brindam com um balé de borbulhas na taça. O processo de fermentação do suco de uva para produção dos vinhos é a geração do álcool e gás carbônico. Nos espumantes diferentemente dos vinhos tranquilos (os vinhos normais, sem gás) esse gás carbônico gerado é mantido no tanque ou garrafa onde acontece a fermentação, assim o vinho fica com gás carbônico dissolvido, o que faz aquele espetáculo das borbulhas.
Existem versões controversas sobre a invenção dos espumantes. Uma diz que Dom Pierre Pérignon (1639-1715) inventou o primeiro espumante depois que chegou à Abadia de Hautvillers em torno de 1668, na região de Champagne na França. Outra versão diz que desde 1531, monges da Abadia de Saint-Hilaire na região de Limoux no sul da França, já faziam espumantes. O mais provável é que o desenvolvimento de vinhos espumantes tenha sido um processo ao longo de anos de observações e aprimoramentos do que uma superinvenção de um dia. Assim a famosa frase atribuída e Dom Pérignon: “Corram, eu estou bebendo estrelas” não teria uma precisão histórica quanto à descoberta do espumante. Por outro lado é inegável a contribuição de Dom Pérignon para o desenvolvimento de vinhos espumantes de alta qualidade.
Quando falamos em espumantes nós podemos dividi-los em 2 grandes grupos quanto ao estilo: Os com autólise e os sem autólise. Os espumantes com autólise são aqueles que durante o seu processo de produção, após a fermentação, ficam um longo tempo em contato com as borras, de modo que as células mortas de leveduras (as borras finas), sofrem um processo de autólise (a membrana das leveduras se rompe liberando o conteúdo das células no líquido). Este processo, que estima-se iniciar depois de 9 meses, mas que passa a originar um espumante mais marcante a partir dos 14 meses, origina espumantes com características aromáticas de fermento, massa de pastel, casca de pão e até mesmo notas amendoadas quando vão envelhecendo e oxidando levemente. Alguns exemplos são o Champagne, Crémant, Cava, Franciacorta, Trentodoc, Cap Classique entre outros.
São espumantes mais robustos, complexos e sérios que aguçam o paladar do degustador e merecem ser bebidos em taças tulipas (com maior bojo), ou até em taças iguais às de vinhos tranquilos, para que todas as nuances olfativas sejam apreciadas. Por outro lado, os espumantes sem autólise passam pouco (até 3 meses) ou quase nenhum tempo em contato com as borras. Assim o perfil aromático que predomina no espumante são as notas de frutas e flores. Alguns exemplos desse estilo são o Prosecco, a maioria dos Sekt, Asti Spumante, Moscatel Espumante entre outros. São espumantes mais leves, refrescantes e descomplicados que caem muito bem como aperitivos e em coquetéis. Podem ser apreciados no modelo de taças flute, que são bem estreitas como também em taças tulipa para que seja possível apreciar melhor os aromas do espumante.
Agora que você já sabe um pouco mais sobre os espumantes, se quiser se aprofundar, aguarde que em breve teremos a parte 2, falando sobre as categorias de espumantes quanto a doçura e como elas se encaixam nas diferentes ocasiões de consumo. Saúde
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